Há quase dois séculos a desigualdade na distribuição do rendimento
cresce constantemente no mundo. A distância entre o rendimento dos países ricos
e o dos pobres aumentou sem parar; veja quantidade em distanciamento: era de 3 para 1
em 1820; de 11 para 1 em 1913; de 35 para 1 em 1950; de 44 para 1 em 1973; de
72 para 1 em 1992 e em 2010 já era de: 81 para 1. Na realidade, o que a mídia nacional
nos passa em termo de ilusionismo de bom são migalhas perante o seu poderio
econômico dos países de primeiro mundo...
É nos países desenvolvido que está
a maior parte do dinheiro do mundo. Nos países mais pobres, aproximadamente 1,5
bilhão de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia. Com a persistência da
crise mundial que já demonstra sinais de recuperação, caracterizada sobretudo
pelo crescimento medíocre de poderosas economias, como o Japão, o preço das
matérias-primas – que, em grande parte, vêm dos países mais pobres – caiu mais
de 20% nas últimas décadas 90/2000. Ao mesmo tempo, os países ricos lucraram 60
bilhões com a oscilação dos preços do petróleo no mesmo período.
Esse fenômino, conhecido como
deterioração dos termos de troca (ou depreciação das bases de troca), fez
grande parte do mundo subdesenvolvido reduzir sua participação no comércio
internacional. Se, em média, essa parte do mundo responde por cerca de 30% das
trocas mundiais, em regiões como a Ásia Central e o Norte da África essa
participação é quase inesistente: 0,2% e 0,7% respectivamente.
Por sua vez, China e Índia têm
participado cada vez mais do comércio internacional, graças aos índices
espetaculares de crescimentro econômico que registram há décadas. É curioso
notar, porém, que nesses dois casos a liberalização econômica e a integração ao
sistema financeiro internacional ainda se processam de forma extremamente
lenta.
Base de dados: Livro, Geografia
Geral e do Brasil de: James e Mendes
Adaptação de texto: Iram de
Oliveira, Geógrafo
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