… ante a intensidade cada vez maior das chuvas
Outros alegam que as dragagens e drenagens são insuficientes. “Não há escoamento rápido e adequado das águas”, diz Francisco Bogossian, Presidente do Clube de Engenharia/RJ, que lembra que “com
 o atual sistema de coleta de lixo não há como evitar o entupimento de 
bueiros. Os sacos de lixo colocados nas ruas à espera do recolhimento 
são arrastados para os bueiros no momento da chuva”. Associe-se a 
tal quadro a alegação de outros estudiosos de que a bacia hidrográfica 
da BaÃa de Guanabara, já assimilando o despejo volumoso de esgotos não 
suporta, ante a fúria cada vez maior da natureza, volumes de chuva tão 
intensos e em tão pouco tempo.
Há. pois milhares de pessoas vivendo diante do perigo em encostas de 
morros e na beira de rios. Remover moradores de tais áreas envolve 
várias discussões inclusive sociológicas. Desenvolver um programa de 
habitações mais dignas e seguras custa muito e não se faz da noite pro 
dia, sem falar que temos que contar com a cara de pau dos salafrários 
que desviam dinheiro publico destinado a obras contra enchentes e para 
desabrigados.
Agora falemos um pouco da má educação ambiental e social de boa parte
 da população que acha que rua, rio e encostas de morros são lixeiras 
públicas. A repulsa da natureza contra o homem predador e mal educado é,
 portanto, clara e progressiva. Parece que não adiantarão obras de 
construção de piscinões, encostas, barragens, dragagens, drenagens de 
rios, limpeza de esgotos e de galerias pluviais, se há abarrotamento, 
associado à lama descida das encostas, de embalagens de plásticos, 
isopor, materiais elétricos usados, sofás velhos. madeiras, vidros, 
roupas, etc. Aliás quem tenha ciência, na cidade do Rio de Janeiro, do 
órgão público que diariamente limpe os rios da cidade, por favor me 
informe. Moro na Tijuca, bairro de classe média da Zona Norte, e todos 
os dias posso apreciar rios sujos de lixo e nunca flagrei ninguém os 
limpando.
Portanto, o planeta Terra está virando um habitat inóspito à vida 
humana, também com temperaturas cada vez miais extremas. A natureza 
reage com todas as suas armas contra o desequilÃbrio ambiental. É fácil 
observar. A força impressionante da natureza demonstra a sua revolta 
contra o homem predador. Talvez seja mesmo tarde demais para reverter 
tal quadro que mais parece o inÃcio do fim do mundo. Só nos resta mesmo 
rezar à Deus e implorar para que nos escute. Os gabinetes de crise terão
 que ser permanentes. Triste realidade.
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