Há poucos dias, corroborando minha opinião, o Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE), estabeleceu que a partir de agora, promotores e 
procuradores terão de pedir autorização à Justiça Eleitoral para abrir 
investigação de suspeita sobre crimes eleitorais, ou seja, acorrentaram o
 Ministério Público, que não mais poderá instaurar inquéritos para 
apurar suspeita de caixa dois em campanhas eleitorais, compra de votos, 
abuso de poder econômico, difamação e várias outras práticas, sem antes 
ter a permissão do TSE. É bom frisar que o relator de tal nova norma é o
 ministro Dias Toffoli. E assim, elimina-se as poucas chances que temos 
de ter um mínimo de justiça no processo eleitoral brasileiro, que se já 
não bastasse ser um cocô nas regras eleitorais, onde nem sempre os mais 
votados são eleitos e todos os acordos valem, também é um cocô quanto à 
segurança nas apurações das urnas eletrônicas, pois só os mais vis 
consideram a eleição eletrônica brasileira segura e inviolável.
Cansei de ouvir que somos uma democracia que ainda engatinha. Vi o 
bolo do Delfin Netto crescer e não ser fatiado, e agora vejo a onda dos 
rolézinhos em shopping-centers por aí e penso: “vieram comer o pedaço deles no bolo!”.
 Vendo inclusive as notícias e as reproduções das mensagens desses 
jovens combinando os rolézinhos, vemos que eles vão muito mais aos 
shoppings do que às escolas, já que mal sabem escrever, ou então estão 
escrevendo num dialeto todo próprio, que eu, pela minha senilidade, não 
mais consigo acompanhar. 
Também vi outro dia que foi criada uma tropa especial de repressão 
visando às possíveis manifestações que ocorrerão por ocasião da Copa do 
Mundo. Se este não fosse um país cocô, todo o governo federal já teria 
caído no dia 21 de junho do ano passado, após termos tido mais de um 
milhão e meio de pessoas se manifestando só na cidade do Rio de Janeiro e
 mais de cento e vinte outras cidades com manifestações simultâneas em 
todo o país, com milhares de pessoas nas ruas, certamente, no total, 
tendo mais de três milhões de brasileiros, simultaneamente, dizendo que 
não somos giárdias ou lombrigas para vivermos no cocô. O governo pensava
 e pensa diferente. Tanto que gente para dar educação, saneamento 
básico, segurança e ensino não é providenciado, mas para dar porrada, é!
 
Repito o que disse, num país que não fosse um cocô este governo não 
mais estaria aí. Num país que não fosse um cocô, o governo federal já 
teria feito uma intervenção no Maranhão e não teria medo do Sarney. Num 
país que não fosse um cocô, o Mensalão do PSDB não teria sido abafado, o
 Sérgio Cabral, no mínimo, não seria mais governador, e eu não estaria 
quase enfartando de desgosto por este cocô onde sempre construí minha 
vida.  
Penso que é impossível ainda termos algum tipo de esperança nesta 
terra esquecida por Deus e o Diabo, que fugiram do “sol patropi” e 
parecem estar curtindo outras praias. Quem sabe não estão bronzeando as 
contas de “merdânicos” políticos brasileiros nas Ilhas Caimãs?
0 Comentários