Por: Diego Andreasi
Bem, no mundo empresarial ela tem um nome, chama-se imagem
organizacional. A imagem organizacional, de uma forma bem simples, é
formada por todo o tipo de material que a empresa em questão emite para o
público, independentemente do meio de comunicação a ser utilizado.
Para ficar mais claro, vou fazer a seguinte analogia:
Imagine que você está parado em frente a um quadro branco, e que em
cima dele está escrito o nome de uma empresa de sua preferência. Agora,
imagine que ao seu lado estão várias “peças” de um quebra-cabeça.
Conforme você vai preenchendo o quadro com essas peças, que na verdade
são os “rastros” que a empresa e os consumidores estão emitindo sobre a
organização, o quadro começará a ganhar forma. É exatamente essa forma
que chamamos de imagem organizacional.
Do mesmo jeito que uma organização possui sua imagem organizacional,
nós também possuÃmos a nossa imagem pessoal. Da mesma forma que as
empresas desenvolvem suas imagens com peças de comunicação, nós também
formamos a nossa imagem com os rastros que deixamos, seja no mundo real
ou no mundo digital.
Infelizmente, nem todo mundo percebe a importância de se construir
uma imagem coerente com a sua atuação profissional, dessa forma, uma
infinidade de oportunidades são perdidas.
O raciocÃnio é muito simples. Se eu estou precisando contratar os
serviços de uma nutricionista, mas não conheço nenhuma, qual delas você
acha que irá ganhar a minha preferência? Aquela que sempre divulga
conteúdo relacionado ao assunto e posta fotos em palestras e eventos, ou
aquela que fica compartilhando foto de gatinhos, cachorros e Chapolin’s
Colorado’s?
É claro que o que estou falando não é nenhum segredo, é puro bom
senso. Um bom senso que não sei por qual motivo as pessoas não usam.
Recentemente, assisti uma interessante palestra que tratou sobre o
Marco Civil da internet, a lei que regulamentará o uso da internet no
Brasil. Na ocasião, o palestrante abordou sobre os riscos e perigos que
as pessoas estão correndo ao divulgarem suas fotos e comentários de
forma tão imprudente nas redes sociais.
Pessoal, o negócio está ficando sério, para quem ainda não tem
conhecimento do assunto, esses rastros estão começando a servir como
provas em julgamentos judiciais, principalmente os da esfera
trabalhista.
Para se ter uma ideia, foi citado o caso de um funcionário que estava
processando sua empresa alegando falta de pagamento de horas extras.
Entretanto, o que o funcionário não esperava, era que a sua timeline do
Facebook fosse analisada em pleno juri. Nela, os presentes puderam
comprovar várias mensagens de quebras de recordes de jogos como o Candy
Crush e Criminal Case, isso tudo em horário de trabalho, é claro.
O caso para o funcionário literalmente azedou quando o empregador
declarou que havia uma cláusula no contrato de trabalho que dizia que o
uso excessivo do celular durante o horário de serviço poderia ser motivo
de demissão por justa causa, o que nesse caso, ficou claramente
comprovado.
Quando falo sobre imagem pessoal, costumo ser bem enfático: é
inadmissÃvel que um profissional, principalmente os jovens formandos que
estão passando por uma corrida de entrevistas, se apresente ao público
com fotos ou frases comprometedoras, QUALQUER reportagem sobre o assunto
vai confirmar o que estou dizendo.
A galera precisa entender que o seu perfil é a sua marca, e tudo o
que você postar lá estará formando a sua imagem pessoal, dessa forma, é
inaceitável que você a trate com descaso. Perde-se credibilidade,
perdem-se contatos.
Não, eu não estou pedindo para que você desempenhe o papel de santo. O
mÃnimo que eu peço, e o que o seu futuro empregador também pedirá, é
para que você se apresente de acordo com os padrões que o concorrido
mercado de trabalho está exigindo.
Estou exagerando? Veremos…
Por: Diego Andreasi é graduado em Administração e pós-graduado em Marketing e Gestão de Vendas. Blog www.jovemadministrador.com.br.
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