No Nordeste do Brasil
principalmente são justamente os problemas sociais ligados ao financeiro que
faz com que as pessoas migrem de seus lugares de origem e busquem cidades pólos
em busca de melhor “qualidade de vida”. Conosco não foi diferente a família
Alves/Neres, também fez parte da
estatística do êxodo rural enfim. Mas isso não vem ao caso, hoje na verdade o
assunto é bem outro embora tenha relação com o anterior que aqui pretendo ser breve.
Garotão ainda vivíamos nos tempos
da confiança, respeito ao próximo, bandidagem não era tantos como atualmente mais,
não podemos afirmar que estávamos isento, tinham em menor quantidade presumo. Pois bem, batia
uma bolinha no areial do rio de baixo pôs se fossemos para rua o soldado Zózimo
pegasse cortava de faca em duas bandas em segunda opção seria na quadra da
Escola M. Joaquim Felício de Moura, há o colégio não era murado e não havia perturbação,
medo de ninguém apenas em raros momentos. Frequentava com a galera a estação do
trem onde pulávamos para dentro do vagão o último que passava se aproveitava da
manobra até a fábrica de cimento voltando para o local de partida, Era isso,
tempo bom, nem tanto como se imagina, hoje.
Dia desses, período final da
década de 1970 conhecemos um sujeito em concertos, arrumação das bicicletas e entre as conversas tornamos amigos, esse rapaz
não estamos autorizados a revelar seu nome, atualmente habita no Norte do país a bastante tempo. Certo
dia “Vamos á praia no Domingo” disse, Praia!
“sim, Tibau” conhece não? Embora não conhecendo a vergonha falou mais alto, sim,
respondi. E foi assim que pela primeira vez tive a oportunidade de ver o mar ao
vivo e em cores. Então vamos aos fatos, pegamos o ônibus da linha em frente a
Guararapes hoje a Canal revendedora de carros, sentamos nas primeiras cadeiras
pertinho do motorista da empresa São Francisco, de olhos vidrados a frente não
poderia perder nem um “lance” subia e descia pequenas ladeiras, passamos pelo “trevo”
vai para onde? Fortaleza, responde o
companheiro e guia, na gangorra e aí? Grossos, esqueceu? Pôr, ai dentro... risos,
Algumas curvas e tal avistamos as areias
vermelhas do Tibau, descemos da condução, uma boa caminhada a pé pela rua do
brisa antigo clube da cidade, certos instantes já dava pra ver a água muita
água virando a direita passamos ao lado da
igrejinha aê procuramos descida algumas casas dos “barões” de Mossoró tomava a
vista principal, uma rampinha... Devagar, para não escorregar dizia o colega e
bondoso guia, de repente, estava ali na
minha frente em primeiro instante muitas barracas do lado do do Rio Grande do
Norte depois sabemos lá porque voltaram-se para o Ceará como hoje o lado de cá está “limpo” sem nada comercializar
próximo da divisa. Eu tô vendo tudo até aonde a vista alcançar posso ver, o mar,
a areia, sinto o vento forte em mim, marzão de água azul á frente temos a
impressão que se une com céu azulado,
como é lindo, estava em completo êxtase, alegre que só pinto em beira de cerca,
com meus pensamentos perguntei a mim
mesmo que lugar é esse? Nenhuma resposta ouvir pôs já sabia do que se tratava
foi naquele momento que comecei a entender, nós os humanos somos seres
limitados, seletivo a começar pelas dificuldades na vida seja no profissional,
na grana, nas ações, a fome e a miséria que assola grande parcela da humanidade,
as doenças, os vermes nas pontas dos dedos etc. Porquê?
Agora, tudo mas tudo mesmo que vem de
Deus serve a todos sem demagogia, sem
discriminação de seu ninguém, amigo a felicidade não se compra na verdade ela/ele
é conquistada.
Por: Iram de Oliveira, Geógrafo
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