Campanhas milionárias, compras de voto, ruas inundadas de
materiais, santinho etc. De 2 em 2 dois anos é a mesma história. Dezenas de
candidato concorrem nas eleições, mas em geral são eleitos aqueles que têm as
campanhas mais caras.
É isso que prova a pesquisa
realizada pela associação dos consultores Legislativos e de Orçamento e
Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (ASLEGIS). A média de gastos de
campanha dos candidatos a deputado federal
eleitos é de R$ 1 milhão, enquanto a dos não eleitos é de R$ 200 mil. Em alguns
estados é ainda mais alto e chega a R$ 4 milhões.
Mas quem paga essa conta? Sai do
bolso do candidato? Certamente não. A maior parte dos parlamentares é eleito
com financiamento empresarial. Feito por empresas que evidentemente esperam um retorno do seu
investimento. Só a Friboi tem 41 deputados e 7 senadores financiados na última
eleição. Em 2012, as construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS
lideraram o ranking de doações privadas nas eleições municipais, somando 18% do total doado por empresas.
O resultado é a interferência das
empresas na leis, licitações, decisões do parlamento que deixa de estar
subordinado á vontade do povo e passa a se subordinar á vontade das próprias
empresas e seu compromisso com o lucro. Para mudar essa situação, é preciso
acabar com o financiamento empresarial, o que só uma constituinte poderá fazer!
Informação: Jornal do plebiscito
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