PF: Diretor-geral que interferir em investigação pode acabar preso

Entre os delegados da Polícia Federal há uma lei: diretor-geral não interfere em investigação. Quem chega com a missão de barrar, ou interferir em investigações, tem um de dois destinos: ou é escanteado, ou, se ultrapassar certos limites, sai preso.

Um já foi

No governo do presidente Michel Temer, por exemplo, o delegado Fernando Segóvia, diretor da PF nomeado pelo Planalto, terminou acusado de interferir no inquérito que investigava o presidente por causa da mala que o ex-assessor palaciano Rodrigo Rocha Loures carregou pelas ruas de São Paulo. Ficou 99 dias no cargo e terminou fora.
Bolsonaro repete Temer
Aliás, delegados da PF que acompanharam de perto a troca de comando da instituição no governo do presidente Michel Temer estão com uma sensação de “déjà-vu”. Naquela época, Segóvia assumiu sem que o presidente ouvisse o então ministro da Justiça, Torquato Jardim. A indicação de Segóvia partiu justamente da ala do MDB investigada na Lava Jato e obteve aval de outros partidos que agora conversam com Bolsonaro.

Eles têm o que temer

Chegou aos ouvidos dos bolsonaristas que deputados suspeitos de organizar a manifestação em favor do AI-5 serão alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. E há quem diga que essa turma foi chorar nos ouvidos presidenciais.
Blog da Denise

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