Professora é ameaçada por pais de alunos após reclamação: “Vou te fazer uma visitinha”

   Professora é ameaçada por pais de aluno após reclamação: “Vou te fazer uma  visitinha” – Pais&Filhos

 Nós sabemos que ser professor é uma tarefa que exige muito empenho, posto que ensinar preconiza, além de capacitação técnica, paixão pelo ensino e pelo auxílio na formação de personalidades. Contudo, a presença da família no processo de ensino-aprendizagem é fundamental para fortalecer as bases de educação de cada estudante, sendo o trabalho da docência uma parceria com o empenho familiar. 

Contudo, no Brasil, a cada dia está se tornando mais difícil exercer a docência em função de situações nítidas de violência e desrespeito com os profissionais, como no caso que veremos hoje, onde Fátima Fernandes, professora de uma escola paulista, foi ameaçada pelos pais de um estudante após enviar um bilhete para a casa do estudante. A situação chocou milhares de brasileiros e o caso ganhou notoriedade em diversos veículos de comunicação do país.

Quem nos acompanha por aqui já sabe que o Educador repudia todo e qualquer ato de violência. Por isso, iremos te contar agora tudo sobre o caso. Confira!

Fátima Fernandes, docente em uma instituição de ensino de São Paulo, enviou um bilhete aos pais de um estudante com o objetivo de alertar e informar que o aluno não teria realizado uma tarefa proposta na aula e solicitando que os responsáveis dialogassem com o menino em busca de um auxílio para lidar com a questão. 

No texto do bilhete, a professora dizia que o aluno não fez a lição que passei em sala e é de extrema importância que siga todas para não se perder ao longo do ano todo. Por favor, converse com ele”. 

A família, contudo, não recebeu bem a mensagem da professora, tendo devolvido um outro bilhete que usava palavras e expressões em tom ameaçador, não aceitando a sugestão da docente para o diálogo com o aluno.

Na íntegra, o bilhete dos pais dizia: 

“Boa tarde em primeiro lugar. Vamos manter a educação e disciplina para podermos ter um relacionamento melhor, meu esposo e eu estamos cientes de como é o nosso filho. Esperamos da Sra. Fátima que tenha uma boa relação entre todos, por um acaso a Sra. é exigente demais com os alunos por que se for não vai dar certo, nem com os alunos nem com os pais. 

Gosto de respeito e sim, meu filho se dá o respeito para ser respeitado. É só a senhora olhar um pouco a história dele com alguns professores e diretor antigo. Vamos nos dar muito bem se a Sra. for um pouco mais calma, agora se for exigente demais vou ter que lhe fazer uma visitinha ok? E ter um papinho bem calmo.”

Em nota, Fátima Fernandes publicizou o ocorrido e disse que registrou boletim de ocorrência relatando o caso, agradecendo ainda o apoio dos internautas nas redes sociais. 

Bilhete (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Bilhete (Foto: Reprodução/Metrópoles)

Fonte: UOL

Como a justiça lida com casos semelhantes?

Em casos semelhantes ao citado nessa notícia, a jurisprudência brasileira costuma condenar atos de agressão física ou verbal, bem como ameaças, de familiares contra funcionários da educação. 

Nesse sentido, tendo sido comprovada a denúncia feita, incorrendo ato inequívoco de prática do ilícita, resta condenar os réus à indenização monetária por danos morais e, eventualmente, materiais.

As decisões favoráveis aos profissionais da educação são praticamente unânimes no que diz respeito à agressão verbal, portanto.

Conclusão 

Immanuel Kant dizia que “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Portanto, sabendo da relevância que o papel da educação tem na formação das individualidades, compreendemos que é fundamental respeitar o processo de aprendizagem diante de uma multiplicidade de fatores que levam à edificação do sujeito. Nesse sentido, pensar a formação de uma pessoa impõe aceitar que a escola intervenha em situações que extrapolam os limites do aceitável na execução das obrigações acadêmicas. 

A família, nesse prumo, tem o dever de se mostrar aliada da escola e não se voltar contra as práticas de ensino, aceitando, é claro, apenas o limite do que é tolerável para a aprendizagem da criança, não se deixando submeter a atos ilegítimos de coação, nem, por outro lado, perpetuando práticas desrespeitosas. 

E você, o que achou desse caso? As medidas legais que geralmente são tomadas em situações semelhantes são suficientes? O que nós, mães e pais, podemos fazer para ajudar na educação infantil? Deixe seu comentário nesse post e dialogue com a gente!

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