Mãe de aluno apreendido por agressão afirma que filho tem problemas psiquiátricos

    Mãe de aluno de escola estadual de Feira Grande apreendido por agressão  afirma que filho tem problemas psiquiátricos | 7Segundos - Arapiraca

Josy Santos, mãe do adolescente de 16 anos apreendido na terça-feira da semana passada (30) por agredir fisicamente um colega e ameaçar professores e outros funcionários da Escola Estadual Manoel Leandro de Lira, localizada na cidade de Feira Grande, no Agreste de Alagoas, onde o mesmo estuda, entrou em contato com a redação do Portal7Segundos para explicar o que gerou o comportamento agressivo por parte do filho dela.

Josy contou que o filho tem problemas psiquiátricos e que a direção escola, além da maioria dos professores e funcionários, têm conhecimento disso.

Ela contou à redação do 7Segundos que tudo começou quando o rapaz soube que um colega da escola havia mandado uma mensagem para o telefone da namorada dele afirmando que ele o jovem era homossexual. A partir daí, segundo a mãe, houve um descontrole emocional exagerado que culminou no episódio de agressão ao colega e também de vários xingamentos por parte do filho.

Josy afirma ainda que, apesar da agressividade, o rapaz não danificou o prédio e nem quebrou objetos da escola, como foi relatado.

"Meu filho errou? Errou. Tudo bem, agora, eu quero que ele pague pelo que ele fez e não pelo que ele não fez", desabafou.

Excessos


Josy relatou também que houve exagero na forma como o filho dela foi contido. Ela disse que o diretor da escola pegou no braço dele e prendeu o filho no banheiro da escola. Ela contou ainda que o filho teve as mãos e os pés amarrados e ainda por mais, o diretor da escola teria se posicionado por cima do jovem, que estava deitado ao chão, com um professor segurando as pernas do rapaz.

"Eles ficaram segurando a cabeça do meu filho contra o chão, apertando, foi horrível ver aquela cena. Acredito que eles deveriam ter acionado o Conselho Tutelar para que o Conselho chamasse o pessoal do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) para sedarem ele", disse a mãe do jovem.

Josy Santos explicou que o filho toma remédios controlados por conta dos problemas de ansiedade e depressão que enfrenta. Ela contou também que logo após o episódio, a Polícia Militar foi acionada, realizou o procedimento de apreensão do rapaz, que foi levado para a Central de Polícia de Arapiraca, localizada no bairro Baixão.

"Eu e meu filho, a gente foi ouvido, e quando ele ia ser liberado, o escrivão avisou que ele iria ficar detido para a audiência de custódia, marcada para agosto", contou.

A mãe do estudante explicou ainda que no dia seguinte, procurou o Ministério Público, levou toda a medicação e o receituário médico, além também de um atestado médico para comprovar os problemas de saúde do filho.

Diante disso, ela conta que conseguiu que a justiça determinasse a soltura do filho para que o rapaz aguarde a audiência de custódia em liberdade, além de um encaminhamento para ser atendido no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) ou o Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

O 7Segundos entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) que se manifestou, por meio de nota, informando que a escola não sabia da condição psiquiátrica do estudante e negando a ocorrência de excessos na imobilização do adolescente. Leia abaixo:

Sobre o episódio envolvendo estudante da Escola Estadual Manoel Leandro, localizada no município de Feira Grande, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que todos os cuidados foram tomados no sentido de imobilizar o jovem sem o uso de violência, evitando-se, dessa forma, a perpetuação de agressões ainda mais graves do que as que foram registradas.

Outrossim, a Seduc informa não proceder a alegação de que a escola tinha conhecimento de que o jovem toma medicamento controlado.

Sete Segundos

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