O solo afetado pela mineradora Braskem está afundando cerca de 2,6 cm por hora, de acordo com a Defesa Civil de Maceió. A região está sob alerta máximo de colapso desde terça-feira (28), quando o solo da mina 18, localizada no bairro do Mutange, apresentou abalos sísmicos.
Na madrugada desta sexta-feira (1°), a situação se agravou e os moradores da região tiveram que deixar suas casas às pressas. Infelizmente, isso é rotina desde que a mineradora começou a atuar em Maceió.
Desde 2018, com o início das atividades da Braskem para a extração de sal-gema, mais de 200 mil pessoas foram expulsas de suas residências devido a tremores e o risco de afundamento do solo. O bairro Pinheiro, um dos mais afetados, se transformou em um bairro fantasma nos últimos cinco anos.
Em 2020, um acordo entre o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Alagoas, a Defensoria Pública da União (DPU) e de Alagoas (DPE-AL) determinou que a Braskem deveria pagar R$ 1,7 bilhão para realocar 17 mil pessoas de quatro bairros de Maceió: Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. Em 2019, a empresa já havia informado à Agência Nacional de Mineração (ANM) que deixaria de explorar sal-gema no município. No entanto, isso não aconteceu.
Agora, em 2023, a cidade entra novamente em estado de emergência, emitido pela Prefeitura de Maceió. Desta vez, o risco de colapso é iminente nas próximas horas, podendo ser aberta uma cratera maior que o estádio do Maracanã na região devido ao solo oco causado pela mineração.
O ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas, Renan Filho, afirmou que a Braskem "precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses".
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