Em análise sobre a trajetória histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua posição no atual cenário político brasileiro, Pedro Marin, editor-chefe da Revista Opera, argumenta que o esforço do presidente Lula (PT) em construir uma frente ampla e dialogar com as classes dominantes é, na melhor das hipóteses, inútil. Marin traça uma linha histórica que evidencia como, desde a formação do Brasil, as elites têm consistentemente atuado para restringir a participação política popular, moldando um país onde o "espírito não pôde se manifestar na arena política".
Marin pontua que essa baixa participação política não é acidental, mas sim um projeto deliberado das elites. "Não é nas qualidades ou defeitos do povo que está a razão do nosso atraso, mas nas características de nossas classes dominantes", cita o jornalista, remetendo-se ao pensamento de Darcy Ribeiro. Essa estratégia permitiu às elites construir um sistema que perpetua sua própria riqueza e poder, às custas de um povo mantido "faminto, chucro e feio".
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