Dia do Rock: conheça os benefícios desse tipo de música para a saúde


 Este sábado (13) é o Dia Mundial do Rock, bebê! A data é uma referência ao 13 de julho de 1985, quando foi realizado o festival “Live Aid”, pelo fim da fome na Etiópia, que reuniu grandes bandas em Londres (Inglaterra) e na Filadélfia (Estados Unidos), simultaneamente.

Mas, além da questão social e letras de protesto, a vibração e ritmo pulsante rock and roll também são capazes de cultivar emoções positivas, reduzir o nível de estresse e ansiedade, além de melhorar o humor e estimular o funcionamento do cérebro.

Foi justamente o ritmo pulsante do rock que conquistou o neurologista Clecio Godeiro Jr., que atua no Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN), em Natal.

“Tocar violão com meus filhos é uma das minhas atividades favoritas e o rock nos proporciona uma maneira divertida e dinâmica de nos conectarmos. A combinação de ritmo, melodia e emoção faz do rock uma parte importante da minha vida, tanto profissionalmente, ao entender seus efeitos no cérebro, quanto pessoalmente, ao compartilhá-lo com minha família”, conta.

Imagem: reprodução internet
The Wall, um dos álbuns mais marcantes do grupo Pink Floyd I Imagem: reprodução internet

O neurologista explica que a música, de maneira geral, tem um efeito profundo no cérebro humano, estimulando áreas responsáveis pela emoção, memória, atenção e movimento. Já o rock, com seu ritmo forte e batidas marcantes, pode provocar uma ativação intensa do sistema de recompensa do cérebro, liberando neurotransmissores como a dopamina.

A música pode ser uma ferramenta terapêutica poderosa para pacientes com doenças neurológicas. Em condições como a doença de Alzheimer, a música pode ajudar a evocar memórias e melhorar a interação social e a comunicação. Em pacientes com Parkinson, a música pode ajudar na coordenação motora e na marcha”, enfatiza o médico.

Não é novidade o uso da música como terapia. No caso específico do rock, pesquisadores revelam que sua diversidade musical impacta a medicina com o efeito positivo da música no tratamento da dor, inclusive, em ambientes de terapia intensiva.

Ouvir música contribui para a manutenção da saúde mental. Tirar um tempo para ouvir a música que você gosta é uma forma de reorganizar seus pensamentos, sua rotina, as reflexões, evitando o esgotamento”, sugere o médico intensivista e superintendente do Hospital da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), Hermeto Macario Amin Paschoalick.

Led Zeppelin I Foto: reprodução revista Veja (Cortesia de Jeanne Busson)

A relação de Hermeto com o rock começou bem cedo, na infância, quando ele ouvia bandas como Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Mutantes e Raul Seixas. Ainda criança, ganhou uma guitarra feita especialmente para ele. Já na adolescência, como baterista, formou uma banda de punk rock e hardcore, ‘Cueio Limão’, que chegou a gravar três discos e fazer turnês nacionais.

Ouvir música contribui para a manutenção da saúde mental. Tirar um tempo para ouvir a música que você gosta é uma forma de reorganizar seus pensamentos, sua rotina, as reflexões, evitando o esgotamento”, sugere o médico.

Seu companheiro de banda, o guitarrista, psiquiatra e gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFGD, Thiago Pauluzi Justino, também compartilha que se apaixonou pelo rock na infância, influenciado pelo pai, fã de bandas como Rolling Stones, Deep Purple, Beatles e Pink Floyd. 

Aprendi a tocar guitarra de forma autodidata quando tinha 10 anos, influenciado por guitarristas como Jimi Hendrix, Ritchie Blackmoore, Eric Clapton e David Gilmour. A natureza intensa e acelerada da música pode atuar de forma catártica, permitindo que os ouvintes processem emoções negativas e raiva de maneira controlada, proporcionando assim sensação de bem-estar e alívio de sentimentos de tristeza”, detalha Thiago Pauluzi Justino, que acrescenta a questão política envolvida no estilo.

O rock sempre se relacionou com espírito crítico, inovações, rebeldia, atuando como motor para quebra de barreiras raciais e sociais. Ele é uma forma de construção de vínculos fortes de amizade, proporcionando um espaço para o debate de ideias”, explica Pauluzi.

Fonte: Saiba mais

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