O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura da Cúpula do Futuro, realizada neste domingo, 22 de setembro, na sede das Nações Unidas (ONU) em Nova York. No evento, foi aprovado o “Pacto para o Futuro”, documento que propõe reformas no sistema multilateral e aborda questões como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional. Segundo Lula, "o Pacto para o Futuro nos aponta a direção a seguir", destacando também a criação de uma instância de diálogo entre chefes de Estado e líderes de instituições financeiras internacionais, com o objetivo de recolocar a ONU no centro do debate econômico global.
O evento, que precede a Assembleia Geral da ONU, contou com a presença de chefes de Estado e governo dos 193 Estados-membros, além de representantes da sociedade civil e de diversas áreas. Lula ressaltou a necessidade de uma governança digital inclusiva para mitigar as assimetrias da economia digital e o impacto de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, afirmando que o Pacto Global Digital é "um ponto de partida" para esse processo.
Reformas globais: ambição e urgência
Apesar dos avanços contidos no Pacto para o Futuro, o presidente brasileiro cobrou mais ambição e coragem por parte dos líderes mundiais. Para ele, a crise da governança global demanda mudanças estruturais urgentes. "A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais", declarou Lula. Segundo ele, muitos órgãos internacionais carecem de autoridade e recursos para implementar suas decisões de forma eficaz.
Além disso, Lula defendeu uma representatividade adequada do Sul Global, que reflete seu peso político, econômico e demográfico no cenário internacional. "Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos", enfatizou o presidente.
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