"por que você permitiu o Holocausto do nosso tempo?" Questiona jornalista


 Max Blumenthal, editor do site "The Grayzone", confrontou diretamente o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante a última coletiva de imprensa do Departamento de Estado na gestão do presidente Joe Biden. O episódio ocorreu poucos dias antes da posse do presidente eleito Donald Trump. Segundo informações do próprio "Grayzone", Blumenthal acusou Blinken de cumplicidade com a ofensiva militar de Israel contra Gaza, que se estendeu por 15 meses, resultando em milhares de mortos, relata o  RT.

Durante a coletiva, Blinken destacava os supostos avanços diplomáticos alcançados pelo governo Biden, incluindo a proposta de cessar-fogo entre Israel e Hamas, apresentada em maio de 2024. No entanto, Blumenthal interrompeu o evento e questionou a veracidade dessa narrativa. “Por que você continuou enviando bombas quando tínhamos um acordo em maio? Todos nesta sala sabem que tínhamos um acordo, Tony, e você manteve as bombas caindo”, disparou o jornalista.

Blumenthal seguiu com críticas ainda mais severas, acusando Blinken de colocar o compromisso com o sionismo acima da diplomacia e da preservação de vidas. “Por que você sacrificou a ordem baseada em regras em nome de seu compromisso com o sionismo? Por que você permitiu que meus amigos fossem massacrados? Por que você deixou que as casas dos meus amigos em Gaza fossem destruídas quando já havia um acordo em maio?”, questionou. Ele também acusou Blinken de prejudicar o judaísmo ao associá-lo ao fascismo, lembrando que o pai e o avô do secretário atuaram como lobistas pró-Israel.

Antes de ser retirado da sala pela equipe de segurança, Blumenthal fez uma acusação contundente: “por que você permitiu o Holocausto do nosso tempo? Como é ter o genocídio como legado?”. O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, também foi alvo de críticas diretas do jornalista: “você zombou disso todos os dias. Você zombou do genocídio!”.

Posteriormente, Blumenthal publicou um vídeo do confronto nas redes sociais, referindo-se a Blinken como o “Secretário do Genocídio”. Durante o conflito em Gaza, que deixou mais de 46 mil mortos no enclave palestino, o governo dos Estados Unidos manteve o apoio financeiro e militar a Israel. Além disso, a administração Biden criticou a África do Sul por acusar Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça.

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