Por: Viriato Moura
As
leis deveriam ser mais severas com boateiros ofensivos. Acusar alguém sem que o
acusado tenha cometido o ato que lhe é imputado deveria merecer punições mais
rigorosas.
Construir
uma boa imagem leva muito tempo. Por vezes, uma vida. Mas uma nódoa difamatória
pode fazer ruir por terra um castelo de boas ações apenas com um sopro maldoso.
Divulgar
pelas redes sociais e mídia em geral inverdades negativas sem se ter certeza do
que se esta disseminando é um atestado explicito de falta de caráter.
Está
na hora de mudar o rumo dessa prosa. Quem se sentir ofendido injustamente deve
empreender ações judiciais por calúnia, injúria e difamação, quando assim
requerer o caso. Os ofensores podem não ter caráter, mas é muito provável que
tenham algum bem material a perder.
Não
há outro jeito de controlar essa condição perigosa em que qualquer um, a
qualquer momento, pode ter sua dignidade lançada no covil de lobos sedentos
para consumi-la. Quando mais destacada for a pessoa na sociedade, maior é a
gana em desbancá-la — eis uma psico-sociopatia.
Quando cada um pagar pelo que fez nesse contexto, com punições proporcionais ao poder
deletério dos boatos que difundem, o estado de justiça e a consequente harmonia
social dele decorrente tende se estabelecer. Todavia, nem sempre é possível
apagar de todo as sequelas morais deixadas por certas pechas, principalmente
quando divulgadas amplamente. Uma sociedade que banaliza a imagem de seus
cidadãos, não merece respeito.
Por: Viriato
Moura é
médico, diretor-presidente do Complexo Hospitalar Central, membro da Academia
de Letras de Rondônia, presidente da Academia de Medicina de Rondônia.
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