A presidente da Comissão dos Direitos Humanos, senadora Ana Rita (PT-ES), pede investigação sobre declarações da âncora do “SBT Brasil”, Rachel Sheherazade (Foto), a respeito de adolescente que foi espancado por “justiceiros” no Rio de Janeiro.
Por: Júlio César Cardoso
Somente os hipócritas defensores dos direitos humanos (dos bandidos)
vestiram a carapuça pelas críticas da jornalista, que nada mais fez do
que falar a verdade, não obstante suas considerações tenham sido
bastante deformadas pelos falsos moralistas de plantão. Parabéns à
jornalista.
Aliás, aqueles que se julgam possuidor de vestal inquebrantável,
defensores da ética e da moralidade, por que também não se posicionam
favorável a que a fajuta Comissão da Verdade investigue os subversivos
criminosos que atentaram contra o Estado brasileiro, como a
ex-guerrilheira Dilma Rousseff?
O que está ocorrendo no país, com a leniência irresponsável de nossos
governantes e políticos – incêndios de ônibus, depredação de trens,
Black Blocs, falta de segurança, de assistência médico-hospitalar etc.,
sem respostas positivas das autoridades para elidir o problema – tem
levado a sociedade a perder a paciência.
O Brasil está mergulhado na falta total de políticas públicas de
segurança, onde a sociedade vive hoje acuada, assustada e apavorada com a
escalada crescente de crimes de toda a ordem, cujo governo federal e os
crápulas políticos nacionais, respeitadas a exceções, nada fazem para
enfrentar o problema. E ainda hipócritas defensores dos direitos humanos
têm a pachorra de censurar a jornalista?
Se os nossos impostos arrecadados deixam de ser aplicados no social e
vão bancar as benesses de parlamentares e governos, a culpa não é nossa
de o país não ter educação pública de qualidade capaz de reduzir o
abismo que separa as condições socioeconômicas dos seus concidadãos. Se
bem que muitos bandidos desocupados não são produtos da falta de apoio
social ou governamental, mas um segmento preguiçoso que sempre existiu
em qualquer sociedade.
Por que os paladinos da moralidade não reprocham a atuação dos
governantes que tratam a questão de segurança de forma política e não
como um dever de proteger a sociedade? Em São Paulo, por exemplo,
incendeiam-se ônibus e o prefeito petista transfere a responsabilidade
ao governo tucano, quando ambos deveriam sentar-se para resolver a
questão de interesse estadual e municipal, agindo como pessoas
civilizadas e responsáveis.
Quando os defensores dos direitos humanos e suas famílias forem
molestados de forma violenta por esses marginais, gostaria de saber se o
discurso humanista deles seria o mesmo. Essa posição jacobeia dos
defensores dos direitos humanos já está manjada. Por que não adotam um
marginal desses para morar em suas casas, dando-lhe cama, roupa lavada,
comidinha na boca e outros agrados? Não podemos ficar refém, sem reagir,
de quadrilha de bandidos comandando as cidades, tendo um aparato
estatal de segurança pusilânime e falido mercê de um governo que só se
preocupa com seus interesses políticos.
Os defensores dos direitos humanos não podem cercear a legitima
manifestação constitucional de uma jornalista. É preciso que haja
pessoas que tenham coragem de abordar temas polêmicos relacionados à
vida social brasileira.
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