Pensando comigo

Tive o prazer de ter a infância em dois lugares diferentes, os primeiros anos de vida em Janduís cidade sertaneja situada no médio oeste Potiguar; no segundo momento em Mossoró-RN.       Por: Iram de Oliveira
Pois bem, em primeiro plano há, na minha terra de nascimento lembro bem quando criança acordava cedinho no quebrar da barra como dizia meu pai para nosso entendimento, garoto ainda, mais já saia de manhã bem cedo para pegar água na cacimba  só parava quando enchia os potes de barro terminado o serviço de então, estudos, para a escola, se não me falha a memória no Grupo Daniel Gurgel que coisa boa, pobre morava em casa de barro (taipa) os mais bastardos chamavam-nos de favelados, mais favela que nada Eu por exemplo nem sabia o que significava isso tanto faz Tô feliz é que importa, “Santa inocência”.

Em Mossoró já com 12a na Av: Alberto Maranhão na vila de Maria de Zé Joaquim, os amigos de então vejam os apelidos (pseudônimos): Totó, Pirado, Doé, Pirão, Farinha, Espeto de virá tripa, Nêgo de Zelia etc.  era feliz assim mesmo, jogava uma pelota no meu da rua mesmo, as traves de tijolo, poderia ser também o próprio chinelo quando a bola chutada passava por cima, a meninada brigava que era uma beleza de boca ou até no tapa depois ficava por isso mesmo, não guardava rancor de ninguém tempo bons aquele que não volta nunca mais.

Estudando no colégio Joaquim Felício de Moura a Professorinha de Moral e Cívica Tia Fátima todos gostavam dela mulher de bom coração tinha uma fala mansa dócil para os nossos ouvidos,  quando saiu de licença o choro foi geral, que peninha. Há, o jogo de bola na quadra de esporte sem cobertura na época, o velho que rasgava a bola de faca quando caia no quintal dele lembro de tudo. No Colégio Estadual Abel Coelho, tempo da paquera período das festas dançante no salão principal, com a Banda Bárbaros, os Tártaros de Currais Novos o cantor Agnelo, Banda Terríveis de Natal etc. sem falar da Uern que fica para  outra oportunidade; tempos bons que ficou nas nossas lembranças.

Fui criança, rapaz agora estou na fase adulta, família, filhos, somos “sérios” descobrimos que o mundo gira obedecendo a roda de Sansara  ainda assim os acontecimentos da vida me fez perceber que mudamos na medida da evolução dos fatos, que as coisas vêm e vão, os problemas, alguns até de difícil solução, as dores, as preocupações, a vida profissional, o supermercado, o pneu do carro que estoura, o vizinho que grita, os políticos que roubam, o ladrão de rua, o pedinte.  As boas; reunião em família, os amigos, aniversários, os parabéns,  receber dinheiro, viajar, pagar todas as contas em dias, o carro novo, o casal feliz, a família unida etc. quase tudo, tudo  se torna distante mesmo o que aconteceu por ventura no dia de ontem, é possível, enfim.

Precisamos viver o presente pensando no futuro e respeitando sempre o passado. Obrigado.

Por: Iram de Oliveira, Geógrafo     

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