Ética, a minha, a sua, a nossa!

O modo como encaramos as situações cotidianas diz muito sobre quem somos, você já parou para refletir sobre a sua conduta?
 Por: Leandro de Araújo
Diversas vezes nos deparamos com situações onde nossa ética é posta a prova, na verdade nossa existência é repleta de testes, situações cotidianas como filas, em nosso trabalho, no trânsito e muitas outras.

Como lidamos com essas situações diz que tipo de pessoas somos e qual o tamanho da nossa ética.

Furar a fila, seja onde for, mesmo que apenas para solicitar uma informação pode-se considerar um desvio ético, pois as outras pessoas estão ali pacientemente aguardando sua vez de serem atendidas ou adentrarem em um determinado recinto.

Mas como a ética nos influencia no ambiente de trabalho? Justamente quando temos uma situação onde poderíamos nos beneficiar de uma falha do outro e ao mesmo tempo o outro se prejudicar, ai está o dilema ético.

Gosto de lembrar do evento ocorrido na disputa de uma corrida cross country em dezembro de 2012 em Navarra na Espanha, quando o queniano Abel Mutai se confundiu com a sinalização e diminuiu seu ritmo faltando menos de 20 metros para a chegada, então que surge o espanhol Ivan Fernandez Anaya, o segundo colocado, que ao se deparar com este dilema optou por fazer o correto do ponto de vista ético, ele literalmente empurrou o queniano para a vitória.


O espanhol, questionado depois do porquê havia feito aquilo, disse: “Eu fiz o que tinha que ser feito. Ele era o real vencedor da prova, liderava com folga e eu não tinha condições de vencer. Ele (Abel Mutai) cometeu um erro e, assim que vi isso, eu sabia que não poderia me aproveitar da situação” e concluiu: “Eu não merecia vencer”.*

Ivan nos mostra que não é porque estamos em um ambiente competitivo, como é o ambiente de negócios, que precisamos faltar com nossos princípios. A ética não é como uma roupa, que você tira e deixa em casa, ela faz parte de todos, como sua cabeça, você não pode sair de casa sem sua cabeça, você não pode fazer nada sem sua cabeça, pois sem ela você está morto, da mesma forma que sem ética, você não pode ser uma pessoa correta.

É possível, diante disso, concluir que a ética é condição básica para a existência digna do ser humano e que não é admissível que esteja ausente do mundo empresarial.

Nota: Recomendo a leitura do livro: Ética é vergonha na cara!, dos professores e filósofos Mários Sérgio Cortella e Clóvis de Barros Filho, cujo 1º capítulo serve de inspiração para este artigo.

Artigo publicado no site Administradores.com

Por: Leandro de Araujo é formado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá. Já atuou como administrador em empresa revendedora de equipamentos pesados para agroindústria, e como assistente administrativo de TI em startup ligada ao setor têxtil. Atualmente dedica seu tempo no desenvolvimento de novos projetos de tecnologia.

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