Um tema que perpassa toda a mensagem é a indiferença, que ameaça a
paz. Mas não só isso. Francisco também fala do desejo e do empenho da
humanidade para conquistar a paz. Para 2016, o Papa pede que seja
mantida essa esperança, mesmo que 2015 tenha sido um ano marcado por
guerras e conflitos terroristas, com graves consequências para a
população.
Segundo o Papa, a primeira forma de indiferença é aquela para com
Deus, e dela derivam a indiferença para com o próximo e com a criação.
Aos poucos essa atitude vai gerando inércia e apatia, alimentando
situações de injustiça e desequilíbrio social, que podem levar a outros
conflitos.
Além de abordar as várias formas de indiferença, a mensagem do Papa
também fala sobre como vencer essa indiferença, destacando, por exemplo,
o papel das famílias e dos meios de comunicação.
No contexto do Ano da Misericórdia, iniciado no último dia 8, o Papa
conclui a mensagem com o apelo para que cada um adote um empenho
concreto a fim de contribuir para melhorar a realidade em que vive, a
partir da própria família, da vizinhança e do ambiente de trabalho.
As reflexões para o Dia Mundial da Paz 2016 estão em harmonia com
outras mensagens do pontificado de Francisco, conforme pontuou na
coletiva de imprensa a sub-secretária do Pontifício Conselho para a
Justiça e a Paz, Flamínia Giovanelli. Como exemplo, ela citou a clara
ligação com a mensagem de 2015, em que o Papa falou do fenômeno da escravidão.
Outro laço é com a encíclica “Laudato si“,
em que Francisco pontuou que a ruptura entre o homem e a criação é
devida à indiferença. Por fim, ligação com a mensagem para a Quaresma de 2015, quando o Papa questionou sobre o modo egoísta de viver alimentado pela vida cômoda que se esquece do outro.
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