Os moradores da Flórida, nos EUA, estão completando os preparativos de emergência – ou simplesmente deixando suas casas – à medida que o furacão Milton se aproxima para atingir a região densamente povoada de Tampa Bay.
Milton, atualmente um furacão de categoria cinco, traz ventos ferozes de até 270 km/h e é esperado para atingir com toda força na noite desta quarta-feira. Essa chegada ocorre menos de duas semanas após o estado ser devastado pelo furacão Helene.
O Presidente Joe Biden alertou os cidadãos da Flórida na terça-feira que deixar suas casas é uma “questão de vida ou morte”, enquanto o estado realiza o maior esforço de evacuação dos últimos anos.
Mapas mostram a trajetória esperada do Milton, do sudoeste para o nordeste, passando pelo Golfo do México na quarta-feira e atravessando a Flórida após as 19h do mesmo dia, antes de entrar no Oceano Atlântico após as 7h de quinta-feira.
O governador Ron DeSantis disse na terça-feira que a Flórida preparou dezenas de abrigos fora das zonas de evacuação para ajudar a abrigar os residentes desalojados pela “tempestade monstro”.
Longas filas se formaram nos postos de gasolina no sul da Flórida, à medida que algumas estações começaram a ficar sem combustível.
Chynna Perkins, que decidiu permanecer em Tampa em uma casa recém-construída fora das zonas de evacuação obrigatória, falou sobre a complexidade da decisão de ficar.
“Há tanto trânsito e quase nenhum combustível disponível agora. As pessoas estão ficando sem gasolina na estrada”, disse ela à BBC.
DeSantis mencionou que combustível estava sendo transportado para as estações, e estações de carregamento de veículos elétricos também foram implantadas ao longo das estradas para facilitar a evacuação.
Falando na Casa Branca na terça-feira, o Presidente Biden descreveu a tempestade como uma das piores que a Flórida poderia enfrentar em um século.
“Evacuem agora, agora, agora”, disse ele aos residentes da Flórida. A Casa Branca cancelou a visita planejada de Biden à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos para Milton e a recuperação contínua do furacão Helene.
Menos de duas semanas atrás, o furacão Helene – a tempestade mais mortal no continente desde Katrina em 2005 – devastou o sudeste dos EUA, matando pelo menos 225 pessoas. Centenas ainda estão desaparecidas.
Pelo menos 14 dessas mortes ocorreram na Flórida, onde 51 dos 67 condados agora estão sob avisos de emergência à medida que Milton se aproxima.
O Centro Nacional de Furacões alertou as pessoas para se prepararem para ventos fortes que poderiam potencialmente enviar destroços ainda nas ruas de Helene voando de forma destrutiva pelo ar. As chuvas podem alcançar 38 cm, e áreas costeiras podem ver ondas de tempestade de 3 a 4,5 metros.
Furacões são categorizados com base na velocidade do vento. Categoria 3 e superiores a isso são considerados grandes devido ao seu potencial de danos e perda de vida, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia.
Condados começaram a emitir ordens de evacuação na segunda-feira, com pedágios suspensos em estradas no oeste e centro da Flórida. Escolas começaram a fechar na terça-feira. Aeroportos em Tampa e Orlando anunciaram que suspenderiam as operações de voo até a tempestade passar.
Partes do condado de Pinellas, onde pelo menos uma dúzia de pessoas foram mortas por Helene, foram colocadas sob ordens de evacuação na segunda-feira. Grandes congestionamentos ocorreram à medida que as pessoas tentavam fugir do furacão Milton.
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