"É corrupção na veia, falta de ética mínima.", diz deputado

 

O deputado Chico Alencar classificou a suspensão das emendas como “justíssima” e afirmou que a decisão “reafirma princípios básicos da administração pública, como transparência e publicidade, que estavam sendo sistematicamente negados”. Ele ressaltou que o esquema de distribuição das emendas foi identificado graças à atuação do PSOL, em especial do deputado Glauber Braga, que apresentou o pedido ao STF. "Foi uma vitória da bancada que levou à decisão do ministro Dino de sustar essas emendas mutretas."

O parlamentar descreveu o mecanismo utilizado como uma “distorção total” do orçamento público, que prioriza interesses eleitorais de parlamentares. "Essas emendas viraram uma feira livre controlada por alguns capos, líderes que agem na sombra, sem clareza sobre para onde os recursos vão."

Alencar também enfatizou que as irregularidades no esquema foram possíveis graças a uma “manobra” liderada por Lira e outros líderes partidários, que encerraram os trabalhos das comissões na Câmara antes do prazo regimental. "É um escândalo completo. Não haverá atas para comprovar a aprovação dessas emendas porque as comissões simplesmente não se reuniram", afirmou. Ele destacou que entre as irregularidades já levantadas estão valores discrepantes para obras similares e destinações sem relação com as necessidades locais. "É corrupção na veia, falta de ética mínima."

O deputado comemorou a decisão de Dino de abrir um inquérito policial para apurar eventuais crimes no processo. "Além da suspensão dos recursos, há uma investigação em curso que poderá revelar toda a extensão do problema. Essa decisão é uma boa notícia para a ética pública e para o bom uso do dinheiro da população", disse.

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