Medicamento contra a dengue está sendo desenvolvida com sucesso no Instituto Butantã



Recentes pesquisas brasileiras estão abrindo caminhos para o desenvolvimento de novas vacinas contra doenças que afetam milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Entre elas a dengue, a Aids e o câncer de próstata.
 O Instituto Butantã, em parceria com a Universidade de São Paulo, desenvolveu uma vacina contra a dengue que poderá chegar à população em até cinco anos. O medicamento promete combater em uma única dose os quatro tipos de doença. A técnica de produção da vacina da dengue é a do vírus atenuado, utilizada em organismos que têm a capacidade de se multiplicar. A partir de um vírus normal, cientistas conseguem modificá-lo até que suas propriedades patológicas sejam diminuídas. Ao receber a vacina, uma pessoa produz anticorpos, mas não desenvolve a doença.

Outra vacina brasileira que já está sendo testada e a contra o vírus HIV, causador da Aids. Batizada de HIVBr18, a vacina foi desenvolvida por pesquisadores da FMUSP a partir da análise do sistema imunológico de portadores do vírus que demoravam mais tempo para adoecer. Os pesquisadores descobriram que o sangue destas pessoas apresentava uma quantidade maior de linfócitos T do tipo CD4, que “comandam” o sistema imunológico e estimulam outros linfócitos a combater os invasores. A pesquisa brasileira busca desenvolver uma vacina que estimule os linfócitos CD4 e CD8 a diminuir drasticamente a carga viral no organismo, evitando que a pessoa desenvolva a doença ou transmita o vírus.

Cientistas brasileiros também estão desenvolvendo uma vacina que promete ser um tratamento eficaz contra o câncer de próstata. Desenvolvida pelo labotatório FK Biotec, a vacina estimula o sistema imunológico a identificar e destruir as células cancerígenas. A vacina brasileira vem sendo desenvolvida desde 2001 e poderá ser uma alternativa mais barata à americana, lançada nos EUA em 2010. O produto também poderá ser utilizado para tratar outros tipos de câncer, como mama, pâncreas, de intestino e melanoma. A previsão do laboratório é lançar a vacina em até três anos.

Por: Carolina Cunha, Jornalista


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