Feminismo: discurso em excessos!

A vlogueira Anita Sarkeesian (foto), que possui uma ativa militância feminista na internet, fala verdades (que eu, enquanto defensor do verdadeiro feminismo, por tal condição sou obrigado a concordar) mas também dissemina aquilo que denomino de discurso de vitimização, infelizmente praticado por muitas feministas na hodiernidade. Nesse site (veja aqui), ela expõe alguns exemplos de situações penosas à mulher mas que ao meu ver entram no escopo do discurso da vitimização, pelo simples fato de que cada exemplo pode ser contra-argumentado mostrando que o homem é vítima nessas mesmas circunstâncias. Ei-los:
                 Por: Ary Martins
1 – Primeiro: a vlogueira afirma que é difícil ser mulher tanto na favela quanto na empresa de grande porte. Tudo bem, é claro que é difícil, mas também, por outros motivos, é difícil ser homem tanto na favela quanto nas empresas de grande porte. Os homens são a grande vítima de mortes nas favelas, pois entram no crime muito mais facilmente. Primeiro por serem ensinados a serem os provedores, segundo por desejarem ter dinheiro a fim de poder ostentar e conquistar aquela mulher que só da bola para o cara da grana. E nas grandes empresas, é muito difícil ser homem pois o famoso teste do sofá raras vezes lhe é oferecido. Os funcionários homens, numa discussão com funcionárias mulheres, geralmente saem perdendo, na hora de serem punidos pelo patrão.


2 – Segundo: a vlogueira diz que não é fácil ser mulher nas ruas e na universidade. Também concordo, na mesma medida que também não é fácil ser homem. Qualquer estatística mostra que homens morrem muito mais nas ruas (por um motivo ou outro) do que as mulheres. E quanto à universidade, hoje a grande maioria são frequentadas por mulheres (e não me desagrada essa estatística, em particular, pois a ascensão da mulher na sociedade depende em muito da sua formação acadêmica)

3 – Terceiro: a vlogueira diz que não é fácil ser mulher nos espaços da direita política e nos espaços da esquerda. Sim, realmente no espaço de direita a mulher sofre preconceito maior que o homem, mas também é verdade que é justamente os homens da direita que defendem que a mulher deve trabalhar em meios mais seguros enquanto os homens devem levar uma vida pública mais ativa, mesmo quando isso acarrete situações mais penosas e degradantes. Já na esquerda, é difícil imaginar a mulher sendo hostilizada, já que via de regra a esquerda é bastante acolhedora às minorias incluindo, obviamente, o feminismo.

Por: Ary Martins é filósofo formado pela PUC de Goiás.

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