Instituições de ensino dizem que são contrárias ao retorno das aulas presenciais como determina MPF

 Reitores de 11 instituições assinam nota na qual afirmam que MPF viola suas autonomia. Medida judicial determina volta às aulas presenciais até 18 de outubro, sob pena de multa R$ 30 mil por dia.

 Reitores de instituições públicas de ensino - federais e estaduais - se manifestaram contra a ação civil pública do Ministério Público Federal que exige a volta das aulas e atividades presenciais até o dia 18 de outubro. Caso não retornem, as instituições podem ser multadas em R$ 30 mil, por dia.

 A nota é assinada pelos reitores de 11 instituições que afirmam que nunca deixaram de funcionar, durante a pandemia.

 

A ação assinada pelos procuradores da República Fábio Moraes de Aragão e Maria Cristina Manella Cordeiro pede que seja determinada o retorno das aulas presenciais nas instituições.

 

Na nota, os reitores dizem que a pretensão do MPF é arbitrária e viola a autonomia das instituições nos aspectos administrativo, financeiro e didático-científico. Eles dizem que a medida do MPF não respeita as avaliações feitas pelas escolas e universidades sobre as condições sanitárias para o retorno às atividades presenciais, uma vez que elas se espalham por várias cidades com quadros diferentes da pandemia.

 

Dizem também que o MPF desconsidera os investimentos feitos para a fazer a transição para o modelo remoto de ensino, justamente quanto as instituições sofreram o mais grave contingenciamento orçamentário decorrente dos cortes das verbas do Ministério da Educação.

 

E que interfere nas regras e modelos de cada instituição para garantir o funcionamento, a carga horária e o momento de voltar ao modelo presencial com segurança para alunos, professores e funcionários. E afirmam:

 

"A adoção do ensino remoto emergencial foi preparada com todo o cuidado didático, jurídico e institucional com ampla discussão em seus conselhos superiores, cuja reversão abrupta e no meio do semestre, poderia causar prejuízos acadêmicos irreparáveis. Toda vez em que é violada a autonomia universitária é a ciência que sucumbe diante de crenças políticas e ideológicas", conclui a nota.

 

G1

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