Se
há uma razão que nos faz viver, esta razão chama-se fé. E está escrito
que é impossível alcançar as coisas se não tivermos fé, logo, esta é um
pilar que nos sustenta. Sendo assim, nestes dias em muitas religiões os
fieis estão em jejum e contínuas orações que, pela fé, chegam ao
Criador. Chegando ao Criador que estende às mãos e dá a cada um segundo o
seu coração, segundo o seu merecimento.
Por: Pedro César Alves
Estamos chegando dia a dia aos pés do Criador. O homem como tal que
é, necessita e com urgência, da paz divina. A Páscoa – palavra hebraica
(‘pessach – passagem’) – para os hebreus significava o fim da escravidão
e o início da libertação do povo judeu que foi marcado pela travessia
do Mar Vermelho. Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo
da morte para a vida: ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a
nossa passagem para Deus – que é tido como uma grande festa.
Partindo para a simbologia que os povos trazem em suas crenças e
tradições, e dos mais antigos tempos, o ovo é o mais esperado –
principalmente pelas crianças – e hoje em chocolate! O ovo traz a ideia
do começo da vida. Outro símbolo é o coelho – que traz o sinal de
fecundidade, ou seja, representa a Igreja que, pelo poder de Cristo
Jesus, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os
povos.
Vale lembrar aqui um dos símbolos mais antigos: o cordeiro, que foi
colocado para estabelecer aliança entre Deus e o povo. O círio pascoal –
uma grande vela que se ascende na igreja, no sábado de aleluia, que
significa que Cristo é a luz dos povos. Vale ressaltar também o
girassol, que representa a busca da luz que é Jesus Cristo (a flor
girassol sempre busca o sol). O pão e o vinho, respectivamente o corpo e
o sangue de Cristo que deve ser feito constantemente para lembrar o
mártir na cruz – e cada religião entende um jeito de fazer – refiro-me
ao tempo. Outro é o bolo em forma de pomba (colomba pascoal), que
significa a vinda do Espírito Santo.
E, para encerrar os símbolos, em muitas igrejas, na manhã de domingo –
no dia da Páscoa, soam os sinos alegremente: anunciam as celebrações –
anunciam a ressurreição de Jesus Cristo. Logo, devemos pensar que o
Mestre dos mestres nasce/ressuscita todos os dias em nossos corações,
basta-nos apenas ter fé e sermos dignos de tamanha graça diante do
Criador.
Voltando para a razão, o ser humano está precisando de fé, está
precisando acreditar mais em seu Criador. Acreditar mais em seu Criador
significa, também, acreditar mais em si – pois foi feito à semelhança de
seu Criador. Logo precisa acreditar em seu semelhante. Acreditar em seu
semelhante nada mais é do que acreditar em si e em seu Criador.
Torna-se um círculo.
Vale lembrar que o assunto religião não se brinca, religião se
pratica e sem discussões. Independente da religião que se segue há de
ser ter o respeito. Muitas pessoas comparam e acabam dizendo que certas
coisas na vida não se podem comparar – pois a comparação pode levar a
brigas intermináveis. Temos consciência. E a exemplificar: há países que
a religião é tão dominante que há constantes conflitos internos – a
briga pelo poder.
A política é outra situação que não se briga – apenas devemos
praticá-la corretamente, de forma democrática, sadia. Em tudo há os
excessos e é isto que leva o ser humano à crueldades: os excessos. Tudo
feito de bom senso não é nocivo. Tudo feito na paz, no amor, produz bons
frutos. É sabido que a teoria é mais fácil que o fazer, mas está na
hora de dizer um basta à violência e começar a praticar muito a paz e,
para isso, basta ter fé.
Por: Pedro César Alves é professor e escritor, membro da UBE – União Brasileira de Escritores e ainda edita o site – www.aracatubaeregiao.com.br
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